quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Amar é uma arte

Há de se pintar todos os dias a tela com cores variadas. Uma aquarela de riso, abraço, beijo, afago, amor, carinho e atenção. De entendimentos e até de brabezas, pois, sem os cinzas, os amarelos não seriam tão felizes.

Há de se dançar todos os ritmos. Uma coreografia envolvente de braços e pernas, o tango dos lábios, o samba dos corações, o bolero dos cabelos amassados pela manhã, o zouk malemolente de olhares, o balé das mãos, todos os dias, dois para lá e dois para cá.

 Há de se cantar todos os estilos. Às vezes seremos pop, às vezes, super funk. Em alguns dias seremos rock’n roll e, em outros, bastante MPB. Então acordaremos um dia internacionais e poderemos até, por que não, passarmos o dia bregas, para dormirmos bem românticos.

Há de se interpretar sem fingimentos. Que os dramas sejam bem chorados, e as comédias nos façam rir até doer a barriga. Que o suspense nos acelere o coração e a ação nos tire o fôlego. E que no final, sejamos felizes para sempre.

E, enfim, seremos sempre escultores. Esculpindo a argila, dia a dia, consertando as imperfeições, moldando as curvas, alisando as bordas, criando profundidade... até o dia em que secaremos e então nosso amor será jarro de enfeite na prateleira da vida.

Que assim seja...
para sermos sempre mais amor.

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